domingo, 3 de outubro de 2010

Jd Botânico SP

Observa-se neste tronco liquens do tipo crostosos e foliosos. O líquen folioso parece ser um Parmotrema tinctorum. Mas é necessária a confirmação de um especialista.
Liquens são associações mutualística entre algas e fungos, embora alguns autores tenham encontrado que, em laboratório as algas cresçam mais vivendo isoladas do que em simbiose com o fungo. Apesar de formarem uma interação são classifcados taxonomicamente como espécies.


De coloração alaranjada, vemos uma espécie de alga terretre.


"No mínimo 20% de todas as espécies de fungos são liquens (Gargas et al., 1995)" (Odum e Barrett, Fundamentos de Ecologia. Thomson Learning, 2007; pág. 310).
"Os liquens são indicadores da poluição atmosférica ácida, em particular pelo dióxido de enxofre. Sua sensibilidade varia de acordo com as espécies. O dióxido de enxofre reduz a atividade fotossintética e o teor de clorofila das algas, além de agir sobre a ultra-estrutura dos liquens, observaram-se deformações de mitocôndrias, rupturas de membranas celulares, degenerescências nucleares, etc; assim a nutrição nitrogenada e a síntese de proteínas, bem como a capacidade de multiplicação vegetativa e a reprodução sexuada, são alteradas significativamente. Os liquens resistem melhor à poluição quando vivem em locais úmidos e são supridos de água" (Dajoz, Princípios de Ecologia. Artmed, 2005).



Foto ilustrando a borda da vegetação. Na zona de contato entre a vegetação florestal e a área aberta, temos uma condição diferente de micro-clima, caracterizada por maior intensidade da radiação solar e consequentemente temperaturas mais altas e níveis de umidade mais baixos do que no interior da vegetação florestal. Além de  maior exposição aos ventos, tempestades, incêndios e outros fenômenos de perturbação naturais e/ou antrópicos. À medida que essa zona de contato aumenta, maior é o chamado Efeito de Borda. Com a modificação no micro-clima dessa área, espécies mais adaptadas a essas condições conseguem se desenvolver e se estabelecer na borda. Várias ações antrópicas favorecem a manutenção das condições da borda e as espécies que conseguiram se estabelecer ganham cada vez mais espaço e encontram áreas cada vez maiores com condições propícias ao seu desenvolvimento. Ocorre então o domínio de espécies invasoras, que no processo de Invasão Ecológica, esses organismos têm capacidade de crescer rapidamente, atingindo altas densidades populacionais.
Espécies invasoras, normalmente são espécies exóticas, ou seja, que não são originalmente daquela região e foram trazidos, na grande maioria dos casos, por meio de ações humanas, intencionais ou não.
Esses fenômenos devem ser estudados e configuram uma preocupação pois modificam de tal maneira os ecossistemas, alterando sua estrutura, composição, fluxo de energia, ciclagem de nutrientes, além obviamente da dinâmica sazonal, da capacidade de recuperação e de manutenção das suas propriedades específicas.
Uma corruíra Troglodytes musculus construindo seu ninho. É uma espécie considerada urbana, pois sua área de vida ocorre em hábitat urbano.

Vegetação secundária. Mata Atlântica. Área do Jd. Botânico, adjacente ao Parque Estadual Fontes do Ipiranga, uma unidade de conservação de proteção integral (para ver a classificação das unidades de conservação, consultar SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação, 2000) - http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=240








Solo raso, principalmente devido a topografia, sujeito à forte lixiviação. Na foto é possível observar raízes superficiais.




Os bambus configuram-se como espécies invasoras, pois se desenvolvem bem na borda e espalham-se para áreas cada vez mais no interior da vegetação, pois a entrada de sol, com o efeito de borda, torna-se mais intensa.
















cupinzeiro


fezes com sementes, provavelmente de macacos.
Cactácea epífita
Grupo de bugios Alouatta fusca. É  possível ver bugios nas áreas onde há vegetação florestal, mesmo que secundária. Os bugios são herbívoros, comendo
folhas, frutos, sementes e pequenos animais que conseguem capturar (Silva, F. Mamíferos Silvestres - Rio Grande do Sul. Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 1994).


Alouatta fusca possuí coloração variada de acordo com idade, sexo, além de variações individuais.
Os machos adultos possuem coloração da pelagem que varia do marrom-forte ao vermelho, já a coloração das fêmeas variam do preto ao marrom-avermelhado   (Silva, F. Mamíferos Silvestres - Rio Grande do Sul. Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 1994).








barata do mato

Conseguimos ver nessa foto o gametófito (parte reprodutivo) de um fungo.


Trilha suspensa adaptada para pessoas portadoras de necessidades especiais, além disso é uma forma de minimizar os impactos da trilha em solo em um terreno acidentado, onde as chuvas são frequentes e intensas, principalmente na estação chuvosa, de dezembro a março. Além disso possibilita a visualização do visitante da parte superior da vegetação, tipicamente mais densa e com maior número de espécies em Florestas Tropicais Pluviais.





açaí Euterpe oleraceae espécie típica da região amazônica, introduzida no Jd. Botânico.






nascente do Rio Ipiranga


Palmeiras e a espécie de samambaiaçu Cyathea sp.




Espécie de Heliconia sp., flor frequentemente visitada por beija-flores.
Mudas do palmito juçara Euterpe edulis.




Água rasa mostrando ácidos húmicos provenientes da decomposição de parte da matéria orgânica.

Espécie exótica Papirus sp, utilizada para fazer "papel" para escritos no antigo Egito.


Foto mostrando aerênquima do Papirus sp. "A formação de aerênquima é uma forma de evitar as condições de pouco oxigênio dos solos alagados, pelo fornecimento de um sistema interconectado de canais de ar para movimento de gases dentro da planta. O oxigênio do ar externo, assim como o oxig~enio liberdado pela fotossíntese, difunde-se às raízes através do aerênquima, enquanto outros gases (como etileno e metano) escapam das raízes para fora das partes aéreas da planta" (Gurevitch et al. Ecologia Vegetal. Artmed, 2009).



Espuma produzida por cigarras (família Cicadidae), provavelmente para proteção contra a dessecação. 

Flor com guias de néctar para polinizadores.

Inflorescência de bromélia, note que há larvas de insetos em alguns botões florais.